Um encontro inesperado. Um encontro não marcado, não falado, nem esperado. Arte do destino colocar dois caminhos em um único lugar. Às vezes, o destino parece uma criança travessa que brinca e sorri com a vida.
Pode ter sido destino, acaso ou coincidência, mas gerou o encontro. Um lugar estranho, nunca antes visitado e nele os caminhos se cruzaram, e depois, se encontraram. Um chegou depois que o outro saiu. Um saiu antes de o outro chegar. Parecia que nunca iriam se encontrar, mas aquela criança levada tratou de uni-los.
Um não percebeu o outro. O outro nem o notou. Sem querer um disse “OI”. Querendo o outro respondeu. Eis que foi aí que tudo aconteceu. Identificação instantânea. Não precisou falar muito, não precisou perguntar demais, era como se conhecessem a muitos anos, se entendiam e de alguma forma se completavam. Foi como se estivem esperando por aquele momento. Foi como se suas almas já se conheciam.
Não perceberam que as horas estavam passando. Não notaram que o tempo passava, pois queriam viver cada minuto, cada segundo daquele encontro inesperado. E quanto mais conversavam, mais tinham vontade de estar juntos. Um é a própria razão, é o pensar demoradamente, é o falar pouco. O outro se deixa guiar pela emoção, é aventureiro, fala o que sente e o que quer. Tão opostos e tão iguais.
Às vezes a vida nos presenteia com esses momentos diferentes, com essas sensações estranhas e com pessoas maravilhosas, que marcam tão profundamente a nossa vida. É um não entender. É um bem-querer. É algo para a vida toda. Não foi apenas um simples cruzar de caminhos. Foi um encontro de corpos. Um (re) encontro de almas.